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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Determinismo Geográfico


O determinismo geográfico trabalha com a ideia de que o ambiente em que vivemos influencia diretamente na diversidade cultural existente.
Este tema ganhou grande impulso com as ideias de Ratzel, que foram empregadas para a reunificação alemã e também para justificar o processo neocolonialista na África. O geógrafo alemão desenvolveu o conceito de espaço vital, utilizado pelos alemães na tentativa de expandir seu território. A associação que Ratzel procurou fazer foi entre a nação e uma determinada quantidade de superfície com recursos necessários para a manutenção ou para o desenvolvimento daquela cultura.
Ratzel utilizava muito mais a metáfora do organismo vivo, essa ideia organicista, ou seja, o povo e seu solo formam um todo. Então o povo não pode sobreviver sem uma determinada quantidade de solo.
Mas Ratzel não é o cara chave do determinismo geográfico, apesar de ser muito associado a isso. O cara chave se chama Carl Ritter (1779 – 1859). Ritter fez uma lei das costas dos litorais onde ele relacionava o desenvolvimento dos países com a existência de litorais recortados. Os lugares onde tivessem litorais muito retilíneos, não seriam pendentes ao desenvolvimento.
No século XI geógrafos criaram teorias sobre este assunto, causando certo impacto e popularidade, no livro Civilization and Climate (1915) de Huntington  a abordagem é sobre o clima e como ele pode interferir se tornando um fator importante no desenvolvimento da população local. Mas a história do desenvolvimento das civilizações mostra que não é correto afirmar que antes da chegada dos homens “civilizados”, das latitudes mais altas, os povos dos trópicos eram “subdesenvolvidos ou pobres”. Afinal, que argumentos sustentariam a veracidade dessa afirmação? Muitos estudos mostram que as técnicas desenvolvidas pelas culturas dos trópicos eram bastante desenvolvidas para a época, muitas delas superiores às dos povos de clima temperado. Os ideais europeus tornaram-se o modelo de desenvolvimento para o mundo e subjugaram os demais.

 A partir disso, difundiu-se a ideia da indolência entre os povos localizados na faixa da linha do equador, e usaram-se argumentos científicos como localização e incidência dos raios solares na superfície da terra para justificar a dominação.

As teorias criadas entre os séculos XIX e XX procuravam afirmar que o desenvolvimento das nações e as características genéticas das diferentes culturas eram determinados por padrões geográficos. Na época, o principal argumento utilizado para basear as leis gerais do determinismo geográfico era a condição climática dos lugares. No entanto, outros elementos da geografia física ganharam status científico, tais como a posição e localização da rede hidrográfica, o desenho dos litorais, a qualidade do solo e a morfologia do relevo, sendo usados para esboçar algumas teorias nesse período. Ainda assim não é possível afirmar que fatores climáticos determinem se um país será rico ou pobre, pois o que estabelece isso é o âmbito político e não climático, sendo assim entendemos  que não há uma relação direta entre as condições geográficas e o tipo de desenvolvimento de uma nação.
Na relação entre determinismo geográfico e desenvolvimento dos Estados deve-se considerar também a questão da divisão territorial do trabalho.

Citando Formação do Brasil contemporâneo, de Caio Prado Junior, podemos verificar que a ideia da colônia de exploração se assenta num meio tropical que é o meio complementar ao meio europeu. Em função disso, criam-se certos mecanismos e sociabilidades que serão determinantes de posições que até hoje persistem.
Paulo César da Costa Gomes, professor de geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em seu livro Geografia e Modernidade, explica que o determinismo na geografia não se define apenas como uma metodologia que conduz à verdade, mas também como um instrumento de previsão. “Ao antecipar os resultados, o determinismo permite uma ação no mundo. Assim, sob esta forma, a ciência deixa de ser expectadora da realidade para se tornar o meio fundamental de intervenção”.
Atualmente, grande parte dos pesquisadores nega a validade das teses do determinismo geográfico, seja no estudo sobre o desenvolvimento de um território, seja no comportamento das culturas.

O Determinismo Biológico

O Determinismo Biológico constitui um importante tema no meio em função de suas implicações na sociedade, especialmente no que se refere às diferenças entre indivíduos e populações humanas de um modo geral.
Ele está presente em diversos estudos na área da genética e neurociências, na medida em que buscam identificar e justificar as diferenças comportamentais e cognitivas entre indivíduos restringindo-as à informação genética e processos neurofuncionais, no entanto, a herança genética não tem nada a ver com as ações e pensamentos. Todos os atos humanos dependem inteiramente de um processo de aprendizado. O homem criou o seu próprio processo evolutivo, nenhum outro animal tem toda a terra como o seu habitat, apenas ele conseguiu esta proeza, superando o orgânico, o homem de certa forma libertou-se da natureza e ao adquirir cultura perdeu a propriedade animal, geneticamente determinada, de repetir os atos de seus antepassados, ele adaptou-se ao meio.

Cesare Lombroso (1835-1909), criminalista italiano, que acreditava que a herança genética tinha alguma coisa a ver com ações e pensamentos, relacionou a aparência física com tendência para comportamentos criminosos (foi considerada verdade científica e justificativa para as diferenças raciais). O resultado foi discriminações raciais e sociais.

Hoje sabemos que o homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. A manipulação criativa do patrimônio cultural é que permite as inovações e as invenções.
Não basta a natureza criar indivíduos altamente inteligentes, é necessário colocar ao alcance desses indivíduos o material que lhes permita exercer a sua criatividade de uma maneira revolucionária.
As diferenças genéticas hereditárias não constituem um fator de importância primordial entre as causas das diferenças culturais e civilizatórias dos diversos povos ou grupos étnicos. É a história cultural de cada grupo que explica essas diferenças.
Com isso concluímos que não é a racionalidade biológica (determinismo biológico) que determina as diferenças de comportamento entre homens e mulheres, mas a cultura. 
O comportamento é o resultado de aprendizado, comportamentos diferentes são o resultado de educação diferenciada.

Grupo:
Barbara Garcia
Camila Mariano
Leonardo G. Brocco
Marcelly Rezende
Monique Oliveira
Robson Luiz Junior


5 comentários:

Abigail Vasconcelos disse...

Muito interessante...Me ajudou muito no meu trabalho de Geografia..

celina disse...

Muito bom o conteúdo. Me deu uma grande ajuda no teste de geografia!

Anônimo disse...

Bom trabalho a equipe, achei a parte sobre o determinismo biológico muito interessante. Continuem assim!

Unknown disse...

Bom trabalho.

thompson poseidon mohamed ladden disse...

é mais ou menos, em relação a conteúdo é bom sim..

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